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Foto do escritorResenha Farmacêutica

O valor da profissão: uma luta desigual de todos os lados!

O mercado varejista de medicamentos consegue movimentar mais de 150 bilhões de reais no ano de 2021 e esse número poderá ser superado sendo projetado em mais de 12% em 2022 e previsto em 10% para 2023. Esses números prevêem então que não há crise nesse mercado e o mesmo está sendo expandido. Por outro lado, a remuneração do profissional responsável pela gestão técnica não tem previsão de crescimento sendo dispare e não linear em cada um dos recantos de nosso país. Quem financia seus representantes na luta por melhores condições de exercício profissional não consegue enxergar a luta igual nessa disputa por um bom lugar ao sol. A influência do mercado suplanta e mobiliza até mesmo quem deveria resguardar a grande massa de profissionais com registro de pessoa física que mantém em funcionamento as engrenagens dos grupos e associações representativas. O grande poder de confluir todas as suas lutas em favor de suas próprias reivindicações deixa sem espaço de manobra os profissionais farmacêuticos que necessitam realizar um esforço monumental quando necessitam se capacitar ou participar de eventos científicos e profissionais. Outros profissionais prescritores são bem mais assediados e recebem benesses do mercado corporativo em seus intentos profissionais. Eles dão lucro e movimentam esse mercado varejista. Os profissionais farmacêuticos mesmo na ponta e atrás de balcões são vistos pela própria sociedade, poder público e esse mercado como subprofissionais de saúde, meros "balconistas de luxo", como se fossem micos amestrados. Alguns colegas aceitam esse rótulo sem questionar, sem se impor profissionalmente pois ou não se vê como profissional ou fica à mercê da própria sorte para não perder sua vaga de trabalho. Enquanto isso, de norte a sul, leste a oeste esse mercado engolindo profissionais farmacêuticos, subjugando-os, pagando mal, sem se importar verdadeiramente com a saúde da população. O que importa é vender, quem atrapalha, fica de fora, pois importante é lucro sobre lucro. A saúde, verdadeiramente, se vê depois… Farmacêutico gerente dos negócios dos outros, passador de troco, nem tem tempo de exercer sua atividade privativa: dispensar e realizar os cuidados farmacêuticos. Com a palavra os conselhos regionais e federal! Vai continuar assim?

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