A COROA DA EXCELÊNCIA EM MEDICAMENTOS É NOSSA MEU CARO DOUTOR
Acordamos e damos de cara com uma nova norma restritiva de poder aos graduados profissionais de saúde. O ato médico já disse a que veio e como uma lei já atua na limitação de competências e isso já está juramentado e assinado na garantia da intervenção das atividades que devem e já o são restritas aos profissionais médicos. Respeitamos a lei 12842/2013. O quadrado desses profissionais já estava balizado de possíveis e futuras intromissões e pontos. Agora numa canetada para lá de estranha e no sense vem criando um estardalhaço na relação já conturbada entre profissionais de saúde que vivem se cruzando entre idas e vindas em estabelecimentos de saúde. Para que ficar mexendo no vespeiro e tentar criar situações que podem levar a várias quedas de braço entre entidades de representação profissional. Qual o ganho disso? Reserva de mercado? Medo de perder espaço? Na atual conjuntura esse tipo de ação irá gerar uma reação ainda mais contundente. Em conversa informal com alguns colegas enfermeiros e farmacêuticos, até mesmo médicos acharam um absurdo essa resolução na medida que atrapalha mais que ajuda na rotina de saúde. Algo feito com a aparência de regular o que a lei não protege e os legisladores não acolheram. Imaginem toda essa rede intrincada de normas injetada no cotidiano para acolher os desejos mais íntimos de controlar as ciências da saúde sem participação de seus mais variados atores. Já temos um modelo centrado na pessoa do profissional médico nos sistemas de saúde em nosso país. O que nos falta agora, um arroubo para estremecer as bases relacionais dos profissionais que cuidam da vida das pessoas. Como farmacêutico tenho muitas reservas mesmo quando queremos proteger nosso quinhão e não damos conta nem de atividades privadas ao nosso ofício. Não podemos abrir mão, mas devemos ocupar todos os espaços legais e se houver vácuo em outros podemos compartilhar dessa necessidade em aberto. Invadir quando não é nossa competência para mostrar força é caminho desnecessário e perigoso. O desrespeito não deve ser a premissa da boa vizinhança. Na saúde trabalhamos juntos e isso deve ser levado em consideração quando pessoas tentam a todo custo criar espaços a mercê do que cada categoria conquistou com luta e raça. Será que o ato médico não pode ser um ganho ao invés de um limitador da ação de outros profissionais. Quem ganha com isso? Os usuários? Ou um sistema que visa submeter todos os outros profissionais à vontade própria e aos gostos de um só grupo? Ou abrimos os olhos e os ouvidos a essas situações esdrúxulas ou seremos engolidos todos. Farmacêutico é a excelência nos cuidados envolvendo medicamentos e do protagonismo do usuário em relação a estes. Façamos nossa parte sem descuidar da nossa essência como profissionais de saúde mais acessíveis à população.
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