Quando vem à tona o que deveríamos ter em mente, em suma, projetos para um determinado periodo geralmente realizamos o famoso "empurrar com a barriga" e adentramos mais um ano e as coisas ficam dispersas pelo éter. Profissionais liberais, técnicos e gestores necessitam realizar sua programação anual prévia para atingimento de metas próprias e da instituição no qual exerce suas atividades. Na prática administrativa vemos que essas programações nem são cogitadas e nem fazem parte da rotina de quem exerce a gestão de estabelecimentos de saúde mesmo sendo elas privadas pois nas públicas como praxe os profissionais deslocam essa prática para seus superiores. Realizar o planejamento mesmo sendo operacional nem passa nos pensamentos da maioria dos colegas farmacêuticos, até mesmo daqueles que exercem função de liderança e/ou direção. Essa prática necessita ser difundida pois o exercício do planejamento de ações é uma das funções mais sublimes da administração porque estimula o gestor e seus colaboradores a ter um olhar mais sistêmico de seus processos e a buscar o cumprimento de metas e objetivos institucionais e organizacionais no intuito do crescimento e fortalecimento corporativo. A busca de crescimento financeiro, lucro, faturamento é um dos maiores objetivos das instituições privadas até mesmo da saúde e nessas buscas o pessoal de "chão de fábrica" só recebe as metas a serem atingidas e ponto final, nem sendo convocados para emitir seus pontos de vistas de quem está na base desses estabelecimentos no dia a dia, seu olhar não tem vez sendo meramente os que sustentam a maior parte da organização. Esses profissionais, os gestores farmacêuticos conhecem o público e suas necessidades. Entendem mais das fraquezas do estabelecimento perante os atores que fazem parte do varejo farmacêutico na ponta. Essa falta de provocação já enraizada no ambiente farmacêutico passa despercebida e gera assim metas absurdas, levando a procedimentos de empurroterapia, sacrificando os cuidados farmacêuticos não executados pelo próprio profissional assim tornando o ambiente de saúde num local estranho de lucro pelo lucro esquecendo da sua finalidade que seria cuidar da saúde das pessoas. Fazer parte desse meio já é uma atitude positiva para a profissão pois nem mesmo nos locais de representação profissional vê-se um estímulo à participação no planejamento em nível operacional, tático ou mesmo estratégico nas organizações onde o farmacêutico se faz presente. Não falo em regulação normativa já presente mas na prática da gestão em si. Seria um ganho e tanto até mesmo para os empreendedores farmacêuticos.
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