A saúde apresenta questões que às vezes distorcem a nossa capacidade de entendimento, de amadurecimento e levam a discussões empobrecidas de suas virtudes na transformação dos profissionais que a compõem. Nós meros mortais, com nossas faculdades buscamos o aprimoramento do nosso trabalho em prol dos pacientes e/ou cuidadores em busca de melhora de seu quadro de saúde e de uma melhor qualidade de vida. Então, sozinhos em nossa ilha particular e sentados em tronos próprios, sem olharmos ao nosso redor, quem somos na fila do pão. Há profissionais que se esquecem de que há outros de diferentes formações ao seu redor, lutando as mesmas lutas, e vivem e esperam serem exaltados porque culturalmente são os mais lembrados pela sociedade na qual vivemos. Isso move no indivíduo suas próprias paixões, criando comportamentos e condutas nada civilizadas considerando o contexto atual de sociedade em que estamos vivendo. Há uma grande massa de homens e mulheres, vivendo em condições sub-humanas, outros profissionais de saúde tendo que “matar leões a cada dia” na luta pela sobrevivência e mesmo assim há pessoas que se arrogam ser senhores e senhoras, donos dos sistemas de saúde pública quanto privado, sentindo-se entidades acima dos outros, necessitando que a sua fome de semideus seja mantida… Há profissionais assim atuando, não são todos, mas um grupinho cheio de si que não atua sozinho e se sentem donos de tudo da saúde… As leis, regras, normas não se aplicam a eles quando os limita, e na verdade nem podemos limitá-los, nem reclamar, isso é intimidação e ameaça… Imagina se todos os profissionais com a mesma formação tivesse o mesmo ímpeto de subjugar as coisas e as pessoas… A saúde teria seu fim de imediato. Os profissionais farmacêuticos colaboram com outros profissionais no intuito de garantir o melhor cuidado em saúde. Nossa responsabilidade não começa e termina em nós mesmos. Ela perpassa pela vida de nossos pacientes e seus cuidadores, cruza a vida de outros profissionais de saúde ou não e termina quando chegamos ao ápice dos cuidados: a garantia de melhor qualidade de vida possível. Não arrogamos nada além do nosso espaço tanto individualmente quanto em equipe de saúde. Nem deve se passar isso na cabeça de nenhum colega, pois esse veneno corrói a alma e destrói o ser de dentro para fora. A saúde nunca tem dono, e nunca terá, pois somos todos do mesmo time e quem não se enquadrar pode fazer com que o adversário, que pode ser o sofrimento, a dor, a angústia e em último caso a morte física sem os devidos cuidados seja o vencedor. A qualidade de vida depende do time todo, nem tem só um craque, pois todos formam um “dream time” em favor da vida. Que continue sendo assim… Estamos todos a serviço!
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