Avanços ou retrocessos, Igualdade ou exclusividade: Análises para Eleições no CRF/PA
- Resenha Farmacêutica
- há 4 dias
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Nas eleições passadas do CRF/PA houve uma necessidade de mudança do paradigma que vinha se arrastando: grupos que lutavam uns contra os outros à mercê da população de profissionais farmacêuticos à deriva com suas preocupações e dificuldades até o próprio pescoço. Enquanto as lutas internas travadas dentro do conselho pouca coisa mudava que fosse favorável aos profissionais. Com o resultado final a esperança era que as coisas se acertassem e na tranquilidade sem os ânimos acirrados tanto o CRF e o CFF estariam juntos se ajudando no vencimento das dificuldades e fomentando uma profissão mais forte e profissional mais ainda valorizado. Porém com o passar dos dias e conforme o tempo foi correndo o que se viu foi um movimento de academicismo hierárquico tomando conta da profissão. Não quero dizer e nem afirmar que a academia deve sempre ser uma das bases que fortalece e ajuda na valorização. Porém somente isso não nos ajuda. Ser farma de balcão é o que mais se apresenta nas oportunidades de trabalho para os farmacêuticos e as redes de drogarias estão tornando cada vez mais difícil a nossa vida: tarefas nada farmacêuticas tomam maior tempo daquelas que deveriam ser privativas e nada acontece e nem propostas claras e concisas são tratadas pela atual gestão. Formação é algo que não pode faltar e isso não faltou, porém a valorização pecuniária após tantas atividades e tarefas profissionais ficou de fora. Podem me dizer: “mais remuneração é com o sindicato” mas o CRF pode opinar se aliando aos sindicatos e federações pressionando para que essa realidade mude. Não adianta jogar mais bomba no colo do farmacêutico para dizer que ele pode fazer muito, porém sem as condições devidas, o exercício profissional fica fadado ao fracasso. Não podemos vender a imagem de uma profissão inscrita nos contos de Alice pois ela não o é. Nós a amamos, mas nem por isso devemos fechar os olhos e focar nas câmeras de celular e nas mídias sociais… A coisa é muito mais profunda, houve perdas para a profissão, pessoas e estabelecimentos farmacêuticos públicos municipais foram esquecidos. A experiência e vivência de profissionais mais antigos deixada de lado. Quando Roboão esqueceu os conselhos dos antigos e só ouviu os novos seu reino foi dividido e assim a profissão foi dividida entre os doutores, mestres e os farma de balcão. Quem poderá mudar essa realidade? Analisemos e não deixemos que propagandas sem profundidade e que condiga com a realidade lhe entorpeça, pois sem conversar com todos, homens e mulheres, novos e velhos, novatos ou experientes, bacharéis ou doutores acadêmicos, pais e mães, professores ou farmas de balcão na atuação fica difícil compor um conselho que realmente represente. Todos são importantes no processo de luta e valorização da profissão, independente de patentes ou hierarquias, e as vivências não podem ser medidas somente se estão escritas e sim lembradas como exemplos e testemunhos de mudanças e garra, perdas e ganhos…
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