"As memórias em um dia futuro poderão responder às demandas que hoje temos que construir sozinhos, na dependência de uma sociedade que olha para o retrovisor e não enxerga respostas adequadas. A profissão farmacêutica quando perguntada aos seus principais autores sobre as oportunidades, elenca uma série de grande magnitude de chances de operar suas qualificações profissionais. Na realidade vemos que falta uma ferramenta essencial a qualquer pessoa na busca pelo seu sucesso particular e de outros: o planejamento. Enxergar muitos enxergam mas estudar o mercado e se preparar para aquilo que pode lhe levar a outros patamares é uma outra situação. A falta da atitude, algo tremendo e difundido pela cultura atual, em que o indivíduo torna-se dependente de outros em busca de respostas próprias e para melhor se enquadrar prefere estar na superfície, não aprofunda, e entra no batalhão daqueles que vivem só das reclamações. Não querem agir, sua principal ação é se vitimizar e manter o status de órfão das oportunidades. Quando vamos um pouco mais além, temos as chamadas, ilhas de excelência, pessoas ou grupos ativos e interessados em obter respostas mais adequadas às suas próprias ambições. Ser ambicioso neste momento, não é querer tudo para si, mas mergulhar no mais profundo e querer mais do a grande maioria, inerte, sem uma atitude de mudança. A revolta é um estopim interessante para quem quer seguir em mudança, mas ela sem planejamento, só aumenta a sintonia de vitimização. Acredito que profissionais formados com a égide atual de balconistas de luxo, não conseguem se eles mesmos se colocarem nessa posição sozinhos para galgar qualquer melhoria que seja. Não há horizontes que se formem sozinhos e sejam adequados a nós meros farmacêuticos. Necessitamos de um novo olhar, uma nova atitude para as velhas e enrugadas demandas, tornar-se liderança de sua equipe de saúde e propor com os olhos no futuro as respostas às mais intempéries situações de antes e de agora. O “NÃO” já temos em nossas mãos, mas o “SIM” poderemos cultivar e colher em outros tempos, pois nem sempre quem planta e cultiva poderá colher, mas outros a frente terão um futuro bem melhor que o nosso atual.