O Silêncio ante ao quase fim do EAD na graduação em Farmácia… Semipresencial é melhor?
- Resenha Farmacêutica
- 20 de mai.
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O discurso fica somente onde as palavras passam, pertencem ao vento e se perdem na falta de atitudes mais rigorosas e claras. Em que momento foi pensado na qualidade da graduação em Farmácia. Fora de nossa farmacosfera em outros locais do mundo, nosso diploma tem pouco ou quase nenhum valor quando comparado ao que acreditamos sermos excelência. Imagina com o quase presencial que ficou à nossa disposição. Se presencialmente a qualidade deixa a desejar, imagina quando o futuro acadêmico tiver que realizar práticas quando seu ambiente de estudo continua sendo EAD. A socialização e o contato genuíno ficam à mercê do escrúpulo de quem for o dono do processo de educação em Farmácia. A grande maioria dos alunos em EAD apresentam dificuldades de base, buscam oportunidade de diploma e registro sem a preocupação de conteúdo que necessitará no exercício de Farmacêutico. Mas os discursos ficam ecoando em nossas cabeças não como uma realização das práxis de valorização pelos Conselhos mas como um vácuo de poder. Ficamos a ver navios como é exaltado no dito popular. Até para o acadêmico estagiar fica complexo demais. Os institutos de ensino superior quando criam o curso de Farmácia do modo EAD ou melhor “semipresencial” não se preocupam com isso na sua maioria. O aluno tem que correr atrás. E os farmacêuticos da ponta que são solicitados para treinarem esses acadêmicos nada recebem além de promessas e os famosos “tapinhas nas costas”. Eita valorização. Dá um aperto no peito quando nós que já trilhamos décadas de profissão ficamos vendo o quanto perdemos na qualidade e no que tínhamos ainda de valor, pois a profissão não irá morrer em nós, ela vai avançar ao futuro, mas de um jeito em que tudo que lutamos vai ficar pra trás. O importante para alguns que não são poucos é o que entra no caixa ano após ano. O Exame de Suficiência ou Proficiência anda meio esquecido e quando discutido sempre cria problemas tanto para seus defensores quanto para quem é contra. É a famosa briga das tesouras, não leva a lugar nenhum enquanto nosso valor cai no mercado e ficamos à margem da vanguarda da saúde. Não adianta tantas normas nada resolutivas e que mesmo antes de vingarem já perdem seu objetivo e foco inicial. No que é cerne do problema as respostas não são respondidas, na verdade nem sequer querem resolver, acredito. O silêncio incomoda muito pois a qualificação do profissional e a valorização da profissão passam pelo que nossos Conselhos elaboram e executam na sua práxis e até o momento as respostas relativas à situação exposta e produzida ainda não foram postadas em nenhuma rede social e nem divulgada. Vamos engolir mais perdas na nossa profissão por omissão? E quando vamos obter uma vitória real em que a valorização fique acima de interesses pessoais e mesquinhos? Fica o “semipresencial”, continua o EAD!
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