Quando do tempo seria necessário para que a assistência farmacêutica possa estar impregnado na cultura do uso de medicamentos da população brasileira. O uso tradicional mais que irracional cercado de incentivos tanto públicos quanto privados vem cerceando a sociedade nacional a séculos num front em que os profissionais mais antigos ou os novatos de plantão ficam muitas das vezes impossibilitados de operar seus conhecimentos.
A formação atual dado as várias possibilidades e modalidades de aplicação dos conhecimentos acadêmicos podem levar a constituição de profissionais com muita dificuldade de gerar estratégias de combate e reeducação dos vícios incutidos na cultura nacional da obtenção e uso inadequado de medicamentos de amplos os espectros terapêuticos além dos de uso restrito. Que tipo de Farmacêutico estamos dispostos a entregar ao mercado, ou que tipo de profissional o mercado almeja incluir em seu projeto de vendas à varejo ou atacado. Profissionais dedicados aos cuidados e bem engajados com a saúde da sociedade talvez não seja quem o mercado deseja em seus estabelecimentos farmacêuticos. Esse profissional não irá compactuar com o uso desenfreado e nem dedicaria seu tempo com atitudes não educadoras relacionadas ao medicamento. Tempo é um parâmetro que dependendo de cada farmacêutico e sua realidade local pode ser um elo na construção de experiências inovadoras e adequadas aos públicos que o cercam ou poderá ser um inimigo seu devido ao mercado e suas táticas muitas delas nefastas à saúde pública e benéficas ao seus lucros imediatos e sem senso de humanidade. Não queremos colocar todo o mercado farmacêutico no mesmo balaio mas algumas atitudes e lobbies que apoiam o uso desmedido do medicamento, vendas sem critérios e liberação de dispensação em locais não farmacêuticos são atitudes que não podem ser toleradas, e nem há espaço para esses tipos de teses mercadológicas em detrimento da saúde pois as pessoas não são experimentos de tais atitudes.
O profissional farmacêutico não deve andar e confabular com essas atitudes e sim se impor na defesa da saúde da população. Empurroterapia não é estratégia de saúde e sim de mercado e as consequências podem ser desastrosas. Sem conhecimento de causa o uso inadequado e a falta de maleabilidade do profissional na correção de tais práticas aumentam em muito o risco da sucessão de outras morbidades podendo levar a mortalidade dos usuários de medicamentos.
O dia do Farmacêutico não é uma “festinha” com bolo e guaraná, um “coffee break” ou um “brunch” e sim a memória e o incentivo para a luta e defesa de nosso espaço e importância no cenário da saúde quando o medicamento está na crista da onda, pois a falta dele acarreta problemas e o seu uso exacerbado sem critérios técnicos pode ser fatal. Temos que comemorar sem esquecer de que amanhã e depois a luta vai estar na nossa face… Aos vencedores a Coroa… da Vida… Aos Farmacêuticos… os louros…
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